02 de Novembro: dia de finados e a reverência a Omolú, “Senhor das Transições”

Dia de Finados e a Devoção ao Orixá Omolú: Uma Reflexão Sobre a Transcendência

02 de Novembro: dia de finados e a reverência a Omolú, “Senhor das Transições”

Dia de Finados e a Devoção ao Orixá Omolú: Uma Reflexão Sobre a Transcendência

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omolu

Ricardo Rogers – Barra do Garças

Neste 02 de novembro, quando a sociedade celebra o Dia de Finados, o sincretismo religioso encontra um momento de reverência em tradições africanas e católicas, unidas na memória e na honra aos que já partiram. Para os umbandistas, esta data carrega uma importância singular, marcada pelo culto ao orixá Omolú, o “Senhor da Morte e das Transições”. Em sua essência, Omolú representa o encerramento do ciclo terreno e também o poder da cura, do renascimento e do ciclo constante de transformação que a espiritualidade entende como caminho inevitável para o desenvolvimento da alma.

Omolú o ancião, também conhecido como Obaluaiê (mais jovem), é uma das divindades mais antigas e reverenciadas no panteão africano, simbolizando a passagem do plano físico para o espiritual. A Umbanda, que preserva esses valores e ensinamentos, vê a morte como uma mudança de estado, uma etapa que leva o espírito a um destino coerente com suas ações, virtudes e fragilidades cultivadas ao longo de sua jornada no mundo material. Para os umbandistas, o dia de finados não é um dia de tristeza, pois é um momento de rogar pela paz e pelo alívio espiritual daqueles que partiram.

Nesta data, fiéis elevam suas preces ao orixá Omolú, pedindo que ele traga luz aos espíritos em transição, especialmente aqueles que ainda carregam angústias ou incertezas. É um gesto de compaixão e gratidão, uma oportunidade de interceder em favor de familiares e entes queridos, cuja presença deixou marcas e lições profundas para os que ficaram.

Sob o olhar de Omolú, a vida e a morte são processos que se interligam, e o corpo terreno é visto como um receptáculo transitório, uma “morada” temporária para a alma. No entendimento umbandista, após o desenlace, o espírito ingressa em uma nova esfera, destinada a um contínuo aprendizado.

As vibrações e orações enviadas a Omolú durante o Dia de Finados têm o poder de apoiar essa transição, podendo resgatar aqueles que, por ventura, ainda caminham à procura de luz.

Prece a Omolú, Senhor das Transições e da Cura

Atotô, Pai Omolú!
Grande Senhor das Passagens e Guardião das Almas, neste momento sagrado, dirigimos nossas orações a Ti, que és o detentor dos mistérios da vida e da morte.

Pai Omolú, Senhor das curas e das transições, rogamos tua presença compassiva para que, com tua força, possas aliviar as dores do corpo e as aflições do espírito. Que, sob tua misericórdia, as feridas se tornem cicatrizes de aprendizado, e que os males do corpo sejam transmutados pela tua energia de cura.

Pedimos também, Pai Omolú, que ilumine os espíritos dos nossos antepassados. Que a Tua luz guie aqueles que ainda vagam, em busca de paz e redenção, para que encontrem o caminho da serenidade e do repouso. Que aqueles que já alcançaram a luz sintam-se honrados pela gratidão e pelo amor que aqui lhes dedicamos.

Atotô, Omolú, Senhor da transformação, permite-nos aceitar a impermanência da vida com sabedoria, compreendendo que o fim de um ciclo é apenas o início de outro. Que, ao lembrar de nossos entes queridos, possamos sentir a paz de quem sabe que a morte não é o fim, mas a continuação de uma jornada maior, sob Teu olhar vigilante.

Atotô! Que assim seja.

Cruzeiro das Almas: O ponto de força espiritual

Em cada cemitério, existe um ponto de respeito e profunda reverência na Umbanda: o Cruzeiro das Almas. Este símbolo sagrado, conhecido também como a “Calunga Pequena”, representa um dos portais mais potentes e importantes para os trabalhos espirituais, especialmente para a doutrina umbandista. O Cruzeiro das Almas é um ponto de força espiritual encontrado comumente nos cemitérios e se caracteriza como um elo entre o plano material e o espiritual. Ele não é apenas uma simples cruz; é um símbolo de passagem e elevação, representando o trabalho de entidades espirituais que auxiliam almas em transição, aquelas que, ao desencarnar, encontram-se perdidas, presas a vícios e ao apego à vida terrena. Na Umbanda, é visto como um campo de cura e evolução.

Omulú ancião, também chamado de Obaluaiê (jovem), seja o orixá que rege as energias do Cruzeiro das Almas. Este orixá, considerado o senhor das passagens e da cura, é associado à capacidade de transformação e desapego, características essenciais para as almas que necessitam deixar para trás suas ligações materiais.

Crédito: Marcelo Victor / Correio do Estado

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