Os vereadores de Barão de Melgaço aprovaram, por 5 votos a 3, a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar uma suposta participação da prefeita da cidade.

Margareth Gonçalves da Silva (UB) é apontada em um suposto esquema de fraudes em licitações investigado no âmbito da Operação Gomorra

A chefe do Executivo Municipal pode ser afastada do cargo ou até mesmo cassada, no decorrer dos trabalhos.

A Operação Gomorra foi deflagrada no início de novembro pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco). Entre os alvos, estavam Edézio Correa, Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, Eleida Maria Correa, Waldemar Gil Correa Barros, Janio Correa da Silva e Roger Correa da Silva.

A prefeita de Barão de Melgaço, cidade onde os supostos crimes cometidos pela organização eram cometidos, foi alvo de mandado de busca e apreensão numa decisão do Tribunal de Justiça de autoria do desembargador Helio Nishiyama. Agentes do Naco estiveram na Prefeitura e na casa de Margareth Gonçalves da Silva.

A investigação apura um esquema de corrupção envolvendo o abastecimento e locação de veículos em mais de 100 prefeituras de Mato Grosso cujos contratos somam R$ 1,8 bilhão. O Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) apontou, em um relatório, que a organização criminosa que opera um esquema de fraude em licitações e desvio de recursos públicos em prefeituras pode contar com a “facilitação” dos gestores das cidades.

O pedido de abertura da CPI foi feito pelo empresário Maurezi Leopoldino Dias, que disputou a Prefeitura contra Margareth Gonçalves da Silva, nas eleições deste ano, pelo DC. Ele apontou a gravidade dos fatos apresentados pelo MP-MT e destacou que a investigação é necessária para que a Câmara Municipal use de suas atribuições para detalhar a participação ou não da prefeita nos episódios narrados nos autos.

Fonte: Folha Max