Morte de Zampieri completa um ano e abriu as portas do maior escândalo da história do Judiciário

Morte de Zampieri completa um ano e abriu as portas do maior escândalo da história do Judiciário

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O assassinato do advogado Roberto Zampieri completou um ano nesta quinta-feira, 5 de dezembro de 2023. O crime cometido no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá, abalou a advocacia mato-grossense e acabou revelando um escândalo nacional de venda de sentenças judiciais, atingindo até o Superior Tribunal de Justiça (STJ). A descoberta veio após perícias realizadas no celular da vítima, cujas informações expuseram uma rede de corrupção envolvendo empresários e membros do Judiciário.

O crime, cometido por Antônio Gomes da Silva, com a participação do instrutor de tiro Hedilerson Fialho Martins Barbosa e financiado pelo coronel da reserva do Exército, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, chocou o estado e levou a uma série de investigações em diferentes estados.

Até o momento, o mandante do crime é apontado como o produtor rural Anibal Manoel Laurindo. Segundo a Polícia Civil, Anibal teria encomendado a morte do advogado após uma receber uma decisão judicial desfavorável, proferida pelo desembargador Sebastião Moraes, em um processo sobre disputa de terras.

Apesar de ter sido um crime brutal e até hoje sem condenados, a morte de Zampieri abriu uma “Caixa de Pandora”, revelando esquemas de venda de sentenças em diversos tribunais do Brasil, chegando até mesmo ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que levou à deflagração de ao menos duas operações da Polícia Federal.

BOMBA NO JUDICIÁRIO

Quase sete meses depois do crime, no dia 1° de agosto deste ano, uma ‘bomba’ explodiu no Judiciário mato-grossense, com o afastamento cautelar de dois desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT), Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho. A decisão partiu do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por suspeita de envolvimento em um esquema de venda de sentenças.

À época, foi revelado que os magistrados mantinham amizade íntima com Zampieri, o que os tornaria suspeitos para decidir processos patrocinados pelo advogado, e recebiam vantagens financeiras indevidas e presentes de elevado valor para julgarem recursos de acordo com os interesses de Zampieri.

“Essa influência de Zampieri com o Poder Judiciário já tinha vindo à tona em março deste ano. Na ocasião, o delegado Nilson Farias revelou que o produtor Anibal Laurindo havia afirmado em depoimento que Zampieri exercia forte influência nas decisões do alto escalão do TJMT, o que poderia prejudicá-lo nos processos de disputa de terra. Anibal é o principal suspeito de ser o mandante do crime e Nilson é o delegado responsável pelo caso”, diz trecho de reportagem publicada pelo Estadão Mato Grosso.

O afastamento foi validado pelo CNJ e os desembargadores tiveram o sigilo bancário quebrado. Poucos dias se passaram e mais uma bomba abalou o judiciário mato-grossense, com a revelação de conversas nas quais Zampieri mandava fotos de barras de ouro para os desembargadores.

As fotos foram encaminhadas após uma conversa entre os dois, na qual o desembargador teria se mostrado insatisfeito com Zampieri por não comparecer ao escritório do magistrado em uma ocasião anterior. A foto teria sido encaminhada no dia 15 de outubro.

O caso “subiu de nível” devido à suspeita de envolvimento de membros do STJ no esquema de venda de sentenças. Em outubro deste ano, foi revelada uma investigação para apurar tais indícios. Segundo o site UOL revelou que as investigações chegaram aos gabinetes dos ministros Og Fernandes, Paulo Dias Moura, Isabel Galotti e Nancy Andrighi.

Em outubro, cinco desembargadores do Mato Grosso do Sul foram afastados do cargo pelo STF, por suspeita de venda de sentenças. Já na última semana de novembro, uma operação da Polícia Federal terminou com os desembargadores Sebastião Moraes e João Ferreira tornozelados. Além disso, foi preso um lobista responsável por intermediar as negociações com Zampieri.

DE VOLTA AO TRIO ORIGINAL

Os três investigados pela execução de Zampieri continuam presos. Antônio Gomes e Hedilerson Fialho estão na Penitenciária Central do Estado, enquanto o coronel Etevaldo segue no 44° Batalhão de Infantaria Motorizada. O tribunal do júri está marcado para 2025 e Antônio afirma ter uma “bala de prata” para esse caso. Ele deve revelar o verdadeiro mandante do crime. Em depoimento na audiência de instrução, Antônio deu sinais de que se trata de uma pessoa perigosa e pediu que sua segurança fosse resguardada.

“Com garantia da minha vida, no tribunal do juri eu vou revelar. Porque eu sei com quem eu estou mexendo”, disse o executor.

Fonte: Estadão MT

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