Os três ex-policiais rodoviários envolvidos na abordagem que causou a morte de Genivaldo de Jesus Santos, em Umbaúba (SE), em 2022, foram condenados pelo Tribunal do Júri de Sergipe, na sexta-feira (6). O julgamento começou em 26 de novembro e eles eram acusados dos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado.
As condenações foram as seguintes:
- Paulo Rodolpho: homicídio triplamente qualificado – 28 anos de prisão
- Kléber Nascimento: tortura seguida de morte – 23 anos, 1 mês e 9 dias de prisão
- William de Barros: tortura seguida de morte – 23 anos, 1 mês e 9 dias de prisão
O crime aconteceu em 25 de maio de 2022, em um trecho da BR-101, na altura de Umbaúba, município de 25 mil habitantes no interior de Sergipe. Os então policiais rodoviários pararam Genivaldo, porque ele estava de moto sem capacete.
Ele foi trancado no porta-malas de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e asfixiado com gás de pimenta em uma espécie de ‘câmara de gás’. A abordagem foi filmada por pessoas que tentaram intervir em favor do motociclista. Após o crime, a família informou que ele sofria de transtornos mentais e já havia sido diagnosticado com esquizofrenia.
Os laudos cadavérico e toxicológico confirmaram que Genivaldo morreu por asfixia mecânica com reação inflamatória das vias aéreas. Antes de serem denunciados pelo MPF, os policiais rodoviários já haviam sido indicados pela Polícia Federal (PF) por homicídio qualificado e abuso de autoridade.
O caso também levou a Justiça Federal a determinar a volta do ensino de Direitos Humanos nos cursos de formação e reciclagem da PRF.
Fonte: Mais Goiás
