As forças rebeldes que tentam derrubar o ditador sírio Bashar al-Assad, no poder há 24 anos, tomaram neste sábado (7) o controle de mais duas cidades: Quneitra, perto da fronteira com Israel, e Sanamayn, a cerca de 20 km da entrada sul de Damasco.
Os combatentes liderados pelo movimento extremista Hayat Tahrir al-Sham (HTS), ou Organização para a Libertação do Levante, chegaram ao subúrbio da capital. O Hayat Tahrir surgiu como uma filial da Al Qaeda, o grupo terrorista por trás dos atentados do 11 de Setembro.
Relatos de moradores de Damasco publicados pela agência de notícias Associated Press indicam que a cidade está com segurança reforçada. Há corrida aos mercados e falta de alimentos.
Também no sábado, os rebeldes adentraram a cidade de Homs, que estava cercada desde sexta-feira (6).
A cidade é um ponto crítico no controle do território, já que conecta Damasco à costa mediterrânea, onde estão localizadas bases militares da Rússia, principal aliada de Assad.
O ministro do Interior da Síria, Mohamed al Rahmun, afirmou que as forças oficiais de segurança estabeleceram um cordão “muito forte” ao redor de Damasco, para evitar a tomada da capital.
Em uma reunião no Catar, representantes de Rússia, Turquia e Irã pediram diálogo entre o governo sírio e as forças opositoras. No entanto, o chanceler russo, Sergei Lavrov, disse que a negociação não deve incluir os extremistas do HTS. “É inaceitável permitir que um grupo terrorista assuma o controle de territórios”, afirmou o ministro de Putin, segundo a agência de notícias russa Tass.
O líder do movimento rebelde, Abu Mohammed al-Golani, disse ao jornal americano The New York Times que o objetivo é derrubar Assad e “libertar a Síria de seu regime opressivo”. Segundo ele, as tropas do Exército sírio estão enfraquecidas e desmoralizadas. “Esta operação quebrou o inimigo.”
Fonte: g1