O Supremo Tribunal Federal (STF) atendeu a defesa do ex-governador de Goiás e presidente nacional do PSDB,Marconi Perillo, e suspendeu a investigação da Polícia Federal, que apura supostos desvios na saúde entre 2012 e2018, período em que esteve à frente do estado.Segundo o advogado de Perillo, Romero Ferraz Filho, a Operação Panacéia, deflagrada na quinta-feira passada,envolveu o ex-governador sem que ele tenha “praticado ou concorrido para prática de qualquer ato nessainvestigação, inclusive por meio de autoridade incompetente”.
Neste contexto, afirma que o político e a suafamília têm sofrido ilegalidades, arbitrariedades e abuso de autoridade, motivos pelo solicitou a suspensão.
O ministro Gilmar Mendes atendeu o pedido, deferindo a liminar que valerá até que o mérito seja analisado. Omagistrado também solicitou informações acerca da operação à 11ª Vara Federal.Na quinta-feira passada, a PF cumpriu 11 mandados de busca e apreensão. Um dos mandados foi cumprido naresidência do tucano, em Goiânia.
A ex-primeira-dama, Valéria Perillo, e as duas filhas do casal tiveram o sigilobancário quebrado.Segundo a PF, os desvios no governo de Marconi Perillo teriam sido intermediados por uma organização social(OS) que mantinha contratos com a gestão para a prestação de serviços a dois hospitais estaduais destinados aoatendimento de emergência.
Essa OS subcontratava empresas ligadas a políticos e aos próprios administradores,que recebeu R$ 900 milhões de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).Parte do dinheiro recebido pela empresa, segundo a investigação, retornava aos próprios políticos ou à administração da organização, o que configuraria o crime de peculato.A CGU afirma que a OS teria terceirizado atividades, firmando contratos com objetos genéricos, sem definição quantitativos e dos serviços a serem prestados. Essa manobra teria favorecido o pagamento sem medição, o que foi constatado nas notas fiscais. Contratos semelhantes, configurando sobreposição de acordos, também teriam sido firmados