Redação
A cabelereira Débora Rodrigues Santos, que escreveu a frase “perdeu, mané” na estátua da Justiça, em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), começa a ser julgada, nesta sexta-feira (21), pela Primeira Turma da Corte. Ela é uma das presas pelos atos de 8 de janeiro. O ministro Alexandre de Moraes votou para condená-la a 14 anos de prisão.
Moraes pediu que sejam cumpridos 12 anos e 6 meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, e 1 ano e 6 meses de detenção, quando o regime cumprido é obrigatoriamente semiaberto ou aberto.
O voto do relator é para condenar a ré a todos os crimes imputados pela PGR.
Moraes afirmou que a acusada foi identificada pichando a estátua “A Justiça”, em frente ao STF, a partir de imagens divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo.
Ela responde por cinco crimes:
Abolição violenta do Estado Democrático de Direito (art. 359-L do CP);
Tentativa de golpe de Estado (art. 359-M);
Dano qualificado com violência (art. 163, parágrafo único, I, III e IV);
Associação criminosa armada (art. 288, parágrafo único); e
Deterioração de patrimônio tombado (art. 62, I da lei 9.605/98).
A frase “perdeu, mané” foi dita pelo presidente do Supremo, ministro Luis Roberto Barroso, quando questionado por manifestante sobre lisura da eleição de Lula.