Por: Ricardo Rogers

Morreu em Salvador, na noite desta terça-feira (13), o líder religioso Divaldo Franco, aos 98 anos. Ele enfrentava desde 2023 vários problemas de saúde, incluindo um diagnóstico de câncer de bexiga, em novembro do ano passado. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos, segundo a assessoria da Mansão do Caminho.

Divaldo era responsável por um Centro Espírita e pela Mansão do Caminho. O espaço tem mais de 80 mil metros quadrados, uma área, portanto, equivalente a mais de dez campos de futebol. Hoje, existem ali mais de 50 edificações, onde funcionam creches, escolas, cursos técnicos e de informática, panificadora, centro médico. O trabalho social feito pelo centro ajudou a mudar muitas vidas. 

Divaldo realizou conferências em mais de 60 países de todos os continentes para propagar a doutrina espírita e seus ensinamentos. 

Divaldo não era apenas um orador. Era um semeador. Onde passava, deixava sementes de paz, de compaixão, de caridade. Fundou orfanatos, ergueu centros espíritas, criou pontes invisíveis. E, como todo verdadeiro espírita, fez tudo isso em silêncio, sem buscar glória, sem exigir reconhecimento.

Barra do Garças, essa cidade banhada pelo Araguaia, foi um dos muitos lugares onde sua luz passou em meados dos anos 2000. Suas palestras, mais que ensinamentos, eram abraços dados com a alma.

Hoje, o plano físico sente sua ausência. Mas o mundo espiritual — celebra seu retorno. Porque espíritos como Divaldo não morrem, não partem, não desaparecem. Apenas mudam de endereço.

Obrigado, Divaldo. Por ter nos lembrado que a verdadeira religião é o amor. E que a luz, quando vem da alma, nunca se apaga.

Ricardo Rogers Mendonça Manciolli