O grande volume de chuvas que causou estragos em diversas localidades do Rio Grande do Sul desalojou 5.958 pessoas até o momento. A informação consta no boletim divulgado pelo governo estadual às 9h deste domingo (22). Segundo o levantamento, há 1.332 desabrigados no estado.
É considerado desalojado quem teve que deixar o local onde mora e se alojou temporariamente na casa de parentes ou amigos, hotéis ou pousadas. Já os desabrigados são aqueles que precisaram ir para abrigos públicos ou de instituições assistenciais.
De acordo com o novo relatório da Defesa Civil gaúcha, uma pessoa está desaparecida e outra ficou ferida. Três mortes foram confirmadas.
Até o momento, o total de pessoas resgatadas pelas forças de segurança do estado chega a 733. O governo contabiliza ainda 139 animais resgatados.
O informe voltou a ser divulgado após o início dos temporais da semana passada. Em maio e abril de 2024, com a ocorrência de eventos climáticos extremos que causaram 183 mortes, deixaram desabrigados e provocaram danos em todo o estado, a frequência dos informes era de duas vezes ao dia.
Municípios
Ao todo, 126 municípios sofrem prejuízos pelas fortes chuvas. O município de Jaguari, centro-oeste do Rio Grande do Sul, teve o estado de calamidade pública reconhecido pelo governo.
Vinte municípios estão em situação de emergência:
- Dona Francisca;
- Cerro Branco;
- Agudo;
- Nova Palma;
- Cruzeiro do Sul;
- Passa Sete;
- São Sebastião do Caí;
- Cacequi;
- Rosário do Sul;
- Tupanciretã;
- Nova Santa Rita;
- São Francisco de Assis;
- Liberato Salzano;
- Amaral Ferrador;
- Toropi;
- Montenegro;
- Silveira Martins;
- São Vicente do Sul;
- Júlio de Castilhos;
- Paraíso do Sul.
Nível dos rios e lagos
A chuva deixou rios e lagos do Rio Grande do Sul em situação de atenção, alguns inclusive atingindo cota de inundação. São eles:
- Uruguai (nos municípios de São Borja a Uruguaiana) – tendência de lenta elevação;
- Sinos – tendência de lenta elevação no município de São Leopoldo e de estabilidade em Campo Bom;
- Ibirapuitã (Alegrete) – tendência de lento declínio;
- Ibicuí (Manoel Viana) – tendência de estabilidade;
- Jacuí (Cachoeira do Sul até o delta do Jacuí) – declínio entre Cachoeira do Sul e São Jerônimo, e estabilidade na região das ilhas da região metropolitana de Porto Alegre.
- Ilhas da região metropolitana de Porto Alegre – níveis elevados e tendência de estabilidade;
- Caí (Montenegro) – tendência de declínio.
Os rios com cota de inundação em alerta são:
- Guaíba – níveis elevados durante os próximos dias, não tem expectativa de atingir a cota de inundação do Cais Mauá ou Gasômetro, na capital do estado;
- Santa Maria (Dom Pedrito) – tendência de declínio;
- Caí (São Sebastião do Caí) – tendência de declínio;
- Gravataí (Gravataí e Alvorada) – tendência de estabilidade;
- Taquari (Taquari) – tendência de declínio;
- Paranhana (Taquara) – tendência de lento declínio.
O governo estadual ainda listou os rios em cota de inundação no nível de atenção:
- Taquari (Bom Retiro do Sul a Porto Mariante) – tendência de declínio;
- Caí (Nova Palmira e Costa do Rio Cadeia) – tendência de declínio;
- Santa Maria (Rosário do Sul) – tendência de estabilidade;
- Quaraí – tendência de declínio.
O Rio Taquari, na região que se estende de Santa Tereza a Estrela e Lajeado, começa a retornar ao nível de normalidade.
A população local pode conferir a situação dos rios e das barragens neste link.