Ricardo Rogers
Barra do Garças, um dos principais polos do leste Mato-grossense, tornou-se um termômetro importante para medir a temperatura da corrida ao Governo do Estado em 2026. E, segundo os bastidores, o termômetro local já aponta para uma mudança significativa de ventos: o senador Wellington Fagundes (PL), decano da política mato-grossense e nome como pré-candidato ao governo, enfrenta um visível desgaste e perda de base no município e região.
Nos últimos sete anos, líderes locais, ex-aliados e simpatizantes relatam sentimento de abandono político, ausência de articulação, distanciamento institucional e falta de atenção a pautas regionais estratégicas. Esse vácuo tem sido explorado com eficiência pelo vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), que, em movimento calculado, vem ampliando sua rede de apoio em silêncio e com pragmatismo político.
Prefeitos, vereadores e articuladores regionais reconhecem no vice-governador uma figura mais próxima, de coerência e com influência consolidada junto ao governador Mauro Mendes (União Brasil), fator que agrega musculatura ao seu projeto.
A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), e o presidente estadual da legenda, Ananias Filho, anunciaram oficialmente a determinação para que todos os filiados apoiem Wellington Fagundes, buscando unificar o partido e frear o avanço de Pivetta sobre suas bases.
Barra do Garças é diferente: grupos políticos da cidade sempre possuem históricos de coerência e pautas progressistas. As previsões dos grupos de apoio sempre são bem assertivas.






