Mais Araguaia/ Claudio Vieira
A Praia Quarto Crescente, a única praia em perímetro urbano do estado de Goiás, continua a sofrer com o avanço da erosão, um fenômeno que, a cada dia, diminui mais a extensão da praia.
A situação se agrava durante o período de chuvas, quando a falta de um sistema adequado de manejo e drenagem das águas pluviais acelera o processo de degradação da área.
A erosão que se forma neste cenário é o reflexo de uma série de falhas em políticas públicas e de uma gestão ambiental que ignora o impacto que o descaso tem sobre esse patrimônio natural.
Em 2024, o site Mais Araguaia já havia alertado sobre os danos causados pela tentativa de recuperação da praia utilizando máquinas pesadas a menos de 30 metros da margem do Rio Araguaia.
Tal ação acabou se revelando uma verdadeira agressão ao ecossistema local, especialmente considerando que a área está inserida em uma zona de preservação permanente, conforme determina a legislação ambiental federal.
Aragarças segue sem um sistema eficiente de drenagem e sem um plano de manejo adequado para evitar o lançamento incorreto de águas pluviais sobre a praia.
As autoridades competentes, como o Ministério Público Federal (MPF) e a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Semad), parecem fechar os olhos para a gravidade da situação.
A falta de ação para garantir a implementação de políticas ambientais eficazes evidencia uma omissão que contribui diretamente para o agravamento da erosão na praia. A cada ano que passa, o cenário se torna mais desolador, com a perda de área de lazer e turismo, que deveria ser preservada com responsabilidade.
Agora, a pergunta que paira no ar é: em 2025, veremos novamente as máquinas abrindo caminho para mais uma tentativa frustrada de criar uma praia artificial?